ÉVORA MINHA CIDADE

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A CARTA


 

 




A carta: 
  Estou aqui para, falar um pouco para mim mesma. 
  Pois é para mim que destino estas pobres mas verdadeiras, palavras.
  Estou mais uma vez, no dia, 16 de Abril. 

Queria tanto falar, comigo, tenho tanto para dizer,
sinto tanta emoção que nem consigo entender.
Quero perguntar a vida o que foi feito de mim,
esta tudo tão vazio, nunca me senti assim.

Será, que um dia fui gente,
será que já fui pessoa,
 então eu pergunto a vida,
porque não me perdoa. 

 Serei eu que sou ingrata,
o sou mal agradecida,
pois então se assim for,
vou pedir perdão a vida. 
 
Muito me deu e tirou,
o meu amor foi embora,
agora só quero saber,
o que tenho para fazer,
até chegar a minha hora. 

 Não sei quando vai, chegar,
 nem o dia nem a hora,
mas sei que tenho que saber,
e muito aprender a viver o meu aqui e agora. 

Se eu fosse sol era luz,
se eu fosse, azul era céu,
se tivesse asas voava,
e voltava a ser eu. 

 Quando rio quero chorar,
as vezes não me conheço,
 mas ainda quero acreditar,
que, ainda vou voltar a vida, a que pertenço.
 
  Sinto-me um grão de areia,
perdido no areal, sinto que estou vazia,
nem mesmo tenho alegria,
mas quem sou eu afinal. 
 
Mesmo com tanta amargura quero,
voltar a ser quem era,
quero terminar o inverno
e entrar na primavera. 

Sei que dou felicidade,
 a quem na vida muito amei,
 e se eu mudar de verdade,
se não sofrer de saudade,
ele fica feliz eu sei. 
 
passaram 60 anos,
com coisas boas e mas,
mas eu vou continuar,
quero receber e dar,
até que seja capaz. 

Deus traçou o meu caminho,
decerto esta bem, traçado,
pois por vontade de Deus,
vou ficar junto dos meus,
com a esperança e a saudade, uma de cada lado. 

  E as três vamos andando,
caminhando devagarinho,
e elas vão me ajudar,
decerto a encontrar
o meu verdadeiro caminho. 

 Continuando a caminhada,
eu peço a Deus o favor,
que me leve há minha estrada,
 e me poça aliviar um pouco da minha dor. 
 
Com muita tristeza e dor,
e a esperança por companhia,
vou-me despedir de mim,
cotinuando a caminhar,
e também a procurar um pouquinho de alegria. 
  G. B.

Poema de Generosa Batista 

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